Quem sou eu?

Jaboatão, PE, Brazil
Professor há 11 anos, possuo licenciatura dupla em Letras (Línguas Portuguesa e Inglesa). Também sou especialisata em Linguística Aplicada ao Ensino da Língua Portuguesa e mestre em Linguística - Fonologia da Língua Portuguesa. Leciono em escolas públicas (Estado e Município de Jaboatão) e na FBV.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

A TERCEIRA PERNA

"Perdi alguma coisa que me era essencial, e que já não me é mais. Não me é necessária, assim como se eu tivesse perdido uma terceira perna que até então me impossibilitava de andar, mas que fazia de mim um tripé estável. Essa terceira perna eu perdi. E voltei a ser uma pessoa que nunca fui. Voltei a ter o que nunca tive: apenas as duas pernas. Sei que somente com as duas pernas é que posso caminhar. Mas a ausência inútil da terceira me faz falta e me assusta, era ela que fazia de mim uma coisa encontrável por mim mesma, e sem sequer precisar me procurar.

Estou desorganizada porque perdi o que não precisava? Nesta minha nova covardia - a covardia é o que de mais novo já me aconteceu, é a minha maior aventura, essa minha covardia é um campo tão amplo que só a grande coragem me leva a aceitá-la -, na minha nova covardia, que é como acordar de manhã na casa de um estrangeiro, não sei se terei coragem de simplesmente ir. É difícil perder-se. É tão difícil que provavelmente arrumarei depressa um modo de me achar, mesmo que achar-me seja de novo a mentira de que vivo. Até agora achar-me era já ter uma idéia de pessoa e nela me engastar: nessa pessoa organizada eu me encarnava, e nem mesmo sentia o grande esforço de construção que era viver. A idéia que eu fazia de pessoa vinha de minha terceira perna, daquela que me plantava no chão. Mas e agora? estarei mais livre?" 
Clarice Lispector

39 comentários:

  1. Na sua opinião, o que seria essa "terceira perna"?

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  2. Essa terceira perna deve ser um amor, q a pessoa achava que ñ conseguiria viver sem,mas quando esse amado vai embora a pessoa percebe q aquela pessoa é inútil e que é possivel viver sem ela!

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  3. Concordo que pode ser um amor, Thamires... Mas, por outro lado, não consigo ver, no texto, a inutilidade da pessoa que se foi... Você pode comprovar isso com partes do texto?

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  4. na minha concepção a inutilidade vem quando ela diz:"Perdi alguma coisa que me era essencial, e que já não me é mais".

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  5. Interessante, Thamires... Mas o que você diz desses comentários que vêm no final do parágrafo: "Mas a ausência inútil da terceira me faz falta e me assusta, era ela que fazia de mim uma coisa encontrável por mim mesma, e sem sequer precisar me procurar."?

    Lembre-se de não analisar o texto apenas por partes!

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  6. A terceira perna, seria alguma pessoa que ela idealizava? .. é como se ela de uma vez por todas, acordasse de uma fantasia que vivia a um tempo.. e que não soubesse como seria "viver" de verdade, no caso com suas duas pernas.

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  7. Como seria uma pessoa que ela "idealizava"? Idealizar alguém dá a ideia de que esse alguém ainda não existe, e no texto era uma "coisa que me era essencial, e que já não me é mais." E que fantasia seria essa? Tente responder provando com frases do texto.

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  8. "A idéia que eu fazia de pessoa vinha de minha terceira perna, daquela que me plantava no chão."

    Seria algo relacionado a sonhar.. ? E depois que ela perdeu, é como se ela tivesse na realidade novamente.
    '-'

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  9. Pode ser algo relacionado a sonhar, sim... mas que tipo de sonho? O real ou o irreal? Lembre-se de que a terceira perna tornava o narrador uma pessoa possível de ser encontrada, e sem essa perna a narradora não conseguia se encontrar... Desenvolva seu raciocínio, querida!

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  10. caraca entendi tudo mas preciso organizar, "Perdi alguma coisa que me era essencial, e que já não me é mais. Não me é necessária, assim como se eu tivesse perdido uma terceira perna que até então me impossibilitava de andar, mas que fazia de mim um tripé estável." antes da terceira perna uma dia ela teve duas, mas ao ter a terceira adaptou toda sua vida pra aprender a andar com as três pernas, passou a construir sonhos que não envolviam apenas ela, impossibilitava ela de andar pq quando vc tem alguém vc deixa a sua vida um pouco de lado, e seus maiores sonhos são adiados pq eram sonhos q vc construiu sozinho, então vc para de andar pq essa pessoa impossibilita que vc vivesse sua própria vida mas trazia equilíbrio, tornava tudo estável... "Essa terceira perna eu perdi. E voltei a ser uma pessoa que nunca fui. Voltei a ter o que nunca tive: apenas as duas pernas." antes de encontrar alguém, uma terceira perna, pensamos que estamos incompletos e algo incompleto é algo que não existe, pensamos ser alguém que não somos pq nossa identidade está no "estar completo" então ela volta a ter o que ela nunk teve, ela volta a ser o que nunk foi, alguém incompleta, com duas pernas que não são e nunk foram dela pq as pernas dela nasceram para ser da terceira perna e agora de quem são as duas pernas restantes? Estão agora andando novamente ao encontro de uma terceira perna (isso não está no texto, estou indo além, desconsidere essa parte mas gosto de imaginar os segredos escondidos nas entrelinhas)
    "Sei que somente com as duas pernas é que posso caminhar. Mas a ausência inútil da terceira me faz falta e me assusta, era ela que fazia de mim uma coisa encontrável por mim mesma, e sem sequer precisar me procurar."
    caraca viajei na maionese nessa parte, estou vendo uma coisa que ninguém viu, ou então estou viajando demais, ela nunk disse que a terceira perna é inútil, a ausência dela é inútil e não a presença, então a perna não é inútil, seria inútil se ela colocasse: "...Mas a ausência da terceira perna inútil..." isso a assusta pq toda mudança assusta, principalmente quando temos uma vida e um futuro planejados em cima da terceira perna, quando vc adere a terceira perna vc aos poucos aplica mudanças à sua vida mas até então vc controla tudo, perder a terceira perna é um risco que não conseguimos controlar, e quando isso acontece geralmente não é planejável, somos pegos de surpresa e ficamos desestabilizados sentindo falta da terceira perna sem conseguir pensar na vida sem ela mas tentando se equilibrar nas duas pq é o jeito, espera eu não estou vendo o texto do jeito certo, "...ausência faz falta"? devia ser "a presença inútil da terceira me faz falta" não estou entendendo mais nada me socorre!!!!

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  11. Ewellyn, excelentes as tuas observações! Como você mesma disse, houve uma certa divagação ao longo da análise, mas você voltava sempre à raiz do texto.

    Não vou te socorrer em nada, pois estou certo de que não precisas, o que posso fazer é esclarecer alguns pontos, pontos estes que você não deixa claros... Sugiro que continue a análise de onde você parou. Boa sorte!

    Ah, o que você diz a respeito de ser a perna que "fazia de mim uma coisa encontrável por mim mesma, e sem sequer precisar me procurar."? Cuidado aqui, é um labirinto!

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  12. Essa Terceira perna seria um objetivo à ser alcançado, ou então um sonho, um desejo.

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  13. Como seria um objetivo "a ser alcançado", Cintya, SE essa perna já fez parte da narradora? Tente explicar melhor...

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  14. Aii q emoçãoo...
    Eu achoo q essa terceira perna é um caso extra conjugal da narradora. Partes do textoo:
    -"Não me é necessária, assim como se eu tivesse perdido uma terceira perna que até então me impossibilitava de andar, mas que fazia de mim um tripé estável" (Esse caso não era necessário e impossibilitava a narradora de ter uma vida normal).
    Ele voltou a ter o que nunca teve duas pernas, ou seja, só ela e o marido, como deve ser. E só com uma pessoa, ela pode viver. Essa terceira perna era inútil, pq ela já tinha o amor do marido, então esse amor não precisaria, mas mesmo assim ela gostava, por isso que se sente covarde e com duvidas de como será daqui para frente.

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  15. Fabi, tua opinião foi bem diferente de todas... Mas observe bem:


    1. Como a perna impossibilitava a narradora de ter uma vida normal, se ela a equilibrava como um tripé estável?

    2. COMO a perna era inútil, se ela mantinha a narradora plantada no chão (fim do texto)?

    Pense bem nisso!

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  16. eu acho que essa terceira perna poderia ser a razão!

    pq no texto ela diz " daquela que me plantava no chão" e o que nós mantém no chão é a razão!

    yonne aqui!

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  17. Muito bom, Yonne... Porém, se era a razão, como você explica a parte em que a narradora diz que era antes essencial, mas não é mais? Ela prefere, então, viver "sem razão"??

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  18. ela vivia com os pés no chão no caso, ou seja ,a razão seria a terceira perna , pra ela era essencial, mas chegou em um ponto em que a narradora percebe que a razão impossibilitava ela de algumas coisas (sonhar,viver uma paixaão,etc...),mas que mesmo assim a razão mantinha ela de pé, então ela perdeu a razão por algum motivo, e provavelmente entrou para um mundo de ilusões que para ela poderia ser novo, e acho que ela nunca viveu de ilusões,por isso desconhecia a pessoa que ela nunca foi.e quando ela diz " mas a ausência inútil da teceira perna" então para ela , a ausência da razão fazia falta e assustava ela pq a razão fazia da narradora uma coisa "encontrável por mim mesma" ela se encontrava na razão!
    e quando ela fala " estou desorganizada porque perdi o que não precisava? nesta minha nova corvardia" acho q a covardia para ela seria deixar de viver no mundo da razão para se aventurar no mundo das ilusões,e para ela a razão deixava ela com os seus sentimentos organizados, mas ela temia em viver nesse mundo de ilusões pq depois ela fala "não sei se terei coragem de simplesmente ir, é dificil perder-se (mundo de ilusão) que rapidamente ela se descobriu novamente no mundo da razão, ou seja ela se achou.

    Yonne .

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  19. Vamos lá, essa me parece fácil "...era ela que fazia de mim uma coisa encontrável por mim mesma, e sem sequer precisar me procurar."
    Quando vc tem uma terceira perna torna tudo tão estável que conseguimos fazer coisas que antes não conseguíamos como encontrar a nós mesmos, descobrimos coisas em nós que até então não havíamos encontrado, um sentimento novo, a voz diferente, o coração incontrolável e geralmente gostamos de ser essa nova pessoa, então vc se torna uma pessoa que vc mesmo encontra em si mesmo e não precisa procurar pq vc já encontrou e isso acontece de forma natural sem esforço pra se auto conhecer!

    vou ter Q dividir o comentário pq eu ultrapassei a quantidade de caracteres!

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  20. Agora a outra parte: "Estou desorganizada porque perdi o que não precisava? Nesta minha nova covardia - a covardia é o que de mais novo já me aconteceu, é a minha maior aventura, essa minha covardia é um campo tão amplo que só a grande coragem me leva a aceitá-la -, na minha nova covardia, que é como acordar de manhã na casa de um estrangeiro, não sei se terei coragem de simplesmente ir."
    Logo no início ela deixa uma pergunta dando margens a respostas, ela não afirma Q perdeu algo Q não precisava, ela questiona se é mesmo isso Q está acontecendo, e acredito Q a resposta é não, ela não perdeu algo Q ela não precisava, ela perdeu algo Q não precisa mais, usando partes do próprio texto é Q me baseio nessa afirmação: "Perdi alguma coisa que me era essencial, e que já não me é mais."
    A nova covardia dela é Q ela não sabe se terá coragem suficiente pra viver a própria vida sem olhar pra trás, sem querer voltar, simplesmente ir, essa é a maior aventura dela, andar com as duas pernas, ou ao menos tentar, essa covardia é um campo tão amplo pq agora ela consegue enxergar a vida inteira e as diversas possibilidades pro futuro sem a terceira perna, é um tipo de independência, mas não uma independência conquistada e sim entregue a força, e o jeito agora é seguir sem a terceira perna e esse campo tão amplo dá ideia de algo instável pq a estabilidade Q a terceira perna trazia já não existe, e ela precisa de uma grande coragem pra admitir essa covardia de ter medo de seguir, diversas vezes fazemos a mesma coisa, é difícil admitir uma fraqueza ainda mais em relação a alguém Q ela perdeu (a terceira perna), mas esse é o primeiro passo, ela teve coragem pra admitir isso, pra admitir essa covardia de ter medo de seguir só, mas se sente covarde pra enfrentar essa covardia, Q é a de enfrentar o fato de Q ela não tem mais a terceira perna e terá Q aprender a ir sem ela.

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  21. "É difícil perder-se. É tão difícil que provavelmente arrumarei depressa um modo de me achar, mesmo que achar-me seja de novo a mentira de que vivo."
    Ela pensava Q com a terceira perna ela tinha se encontrado, tinha encontrado uma identidade da qual tinha se agradado, gostava de ser quem era, e gostava da estabilidade Q o "ter uma identidade" lhe trazia, mas agora ela tem Q perder essa identidade, deixar de ser quem a pouco tempo ela estava acostumada a ser com a terceira perna, ela terá Q se perder da identidade Q tinha com a terceira perna e isso é difícil pq ela ainda não se sente segura pra seguir sem a terceira perna, ela mesma admitiu esse medo à pouco, e isso é tão difícil Q ela arrumará um modo rápido de se achar, se achar em outra coisa, ou em outro alguém, pra tentar esquecer de quem ela foi com a terceira perna, então ela quer esquecer quem foi com a terceira perna o mais rápido possível pois se ela não fizer isso vai deixar margem à lembranças Q a faça lembrar da terceira perna e não querer enfrentar o fato de que tem apenas duas e Q precisa seguir com elas, isso a impossibilitará de viver pq ela ficará apenas lamentando a perda, e achar-se é a mentira de Q ela vive pq vc não se acha permanentemente, isso muda de forma constante, são identidades e identidades achadas, roubadas por uma nova forma de ver o mundo e então solicita-se uma nova Via, não existe um "eu" fixo, então pensar Q se encontrou é um tipo de mentira, pq a gente não se encontra, não se acha, vivemos nos perdendo, perdendo a identidade antiga, pensando Q nos encontramos na nova até nos perder dessa e procurar uma nova identidade, é uma mentira Q precisamos viver pq precisamos mudar de "eu" diversas vezes pra conseguir seguir, alguém Q não muda não segue.
    "Até agora achar-me era já ter uma idéia de pessoa e nela me engastar: nessa pessoa organizada eu me encarnava, e nem mesmo sentia o grande esforço de construção que era viver."
    Ela pensava Q tinha se encontrado e pensava Q tinha ideia de quem ela era, até agora achar-se era ter uma ideia de quem ela era e se gastar nessa pessoa Q ela era com a terceira perna, com uma terceira perna a gente aponta a maioria dos nossos alvos, sonhos e metas em cima da terceira, e nos gastamos nisso, sonhando com a terceira perna, idealizando uma futuro com a terceira perna... Então de alguma forma ela se organizava, criava metas e planejava tudo da melhor forma, ela se encarnava, ela se tornava uma humana com uma nova identidade, se encarnava nessa nova pessoa, se entregava e se gastava em ser essa nova pessoa, e era algo tão natural e espontâneo Q ela não sentia o grande esforço de construção q era viver, ela construía sonhos em cima da terceira perna e isso era prazeroso, por isso sentia as ideias e sonhos surgindo de forma tão natural sem precisar se esforçar.
    "A idéia que eu fazia de pessoa vinha de minha terceira perna, daquela que me plantava no chão. Mas e agora? estarei mais livre?"
    Ela fazia ideia de quem ela era e essa identidade era construída em cima da terceira perna, o seu mundo girava em torno da terceira perna e ela a plantava no chão gerando a estabilidade da qual ela falou e Q eu já expliquei, mas a perda da perna desestabilizou tudo, todas as ideias Q ela tinha de identidade, e agora permanece a dúvida de como ela vai seguir sem a terceira perna, e ela se pergunta "E agora?" e se questiona se ela se sentirá mais livre agora Q perdeu a terceira perna, mas passamos a vida procurando a liberdade e a achamos quando estamos presos a alguém, pq isso traz felicidade, estabilidade, e nos sentimos livres pra sonhar com a terceira perna sem medo, nos sentimos livres quando estamos presos e eu estou assustada por entender a Clarice, e por me sentir tão complicada quanto ela, eu não tinha dimensão de minha própria complexidade!

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  22. Yonne querida, que diferença imensa desse teu último comentário para o anterior! Como eu disse, eu sabia que você desenvolveria bem melhor as ideias. Muito boas as tuas defesas sobre a razão! Tenho muitos comentários, que não farei mais, porque me veio agora uma ideia ótima sobre o que fazer com vocês na volta às aulas... Aguarde!!

    E não deixe de aparecer aqui, deixe seus textos, comente os outros, dê sugestões etc.

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  23. Ewellyn, que comentários tão arrebatadores! Como eu previ, você se supera a cada resposta...

    Uma observação: como você diz que ela perdeu algo de que não mais precisava se, ao perder isso, a narradora afirma que com essa perda, ela também se perde, e essa perda "É tão difícil que provavelmente arrumarei depressa um modo de me achar"??

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  24. Puts, essa escritora é uma grande pessoa, mas suas obras são difíceis de compreensão, mas tentarei entender. O eu lírico expressa um sentimento de amor, porém um valor que foi conquistado por gostar de uma outra pessoa, que talvez deverá ter partido. Ao se distanciar desse amante, a autora revela a perca de algo sentimental de grande fibra. Talvez ela o perdeu por medo, ou pq não era a pessoa certa, como costumam dizer. No entanto, quando ela diz que quer se achar, ela apenas fala quer encontrar alguém que a complete, e que traga uma terceira perna fixa, não removível.

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  25. Adorei esse texto, esse blog.., tudo..
    Tá parecendo um debate..
    Só tô com medo de levar um fora..

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  26. Érika, não entendi o “talvez deverá ter partido”. Também não me parece clara uma coisa: a terceira perna é uma pessoa que a completa, ou é uma pessoa que trará uma terceira perna? Se trará essa perna, mesmo assim, que perna é essa?

    Sugiro que você reflita bem, e faça a conexão entre os dois parágrafos do texto.

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  27. taá certo querido professor , leve esse texto lá pra sala, garanto que vai ser bom!

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  28. Poderia ser a sua saúde, ou animal, ou até um filho dela.

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  29. Ô Cintya... que resposta carente de raciocínio é essa?

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  30. Essa terceira perna seria a pessoa que ela considerava como um amor, porto seguro. Mas que ao certo ela não sabe o q senti, se a ausência dessa terceira perna(uma paixão) é mesmo o q ela queria..

    A idéia que eu fazia de pessoa vinha de minha terceira perna, daquela que me plantava no chão. Mas e agora? estarei mais livre?"

    Essa perna , em seu sentido figurado seria outro ponto que lhe sustenta em sua vida, mais um ponto de equilibrio para guia-la, que mesmo q a impossibilitasse de seguir seu próprio caminho tornava-a eatavel, essa perna dava a verdadeira pessoa que o eu-lirico era de uma forma espontânea.
    Ela questiona-se se não precisava dele, se valeria mesmo apena estar com um estrangeiro, uma pessoa nova.

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  31. Eu não disse Q ela perdeu algo que não precisava, ela pergunta: "Estou desorganizada porque perdi o que não precisava?" eu respondi Q ela NÃO perdeu algo Q ela NÃo precisava, NÃo afirmei Q ela perdeu algo Q ela NÃo precisava, se eu fizesse isso fugiria de meu próprio raciocínio e parte de minha interpretação poderia ser invalidada, pode ir lá conferir na minha 3ª interpretação, e eu afirmei isso com partes do texto, ela NÃO perdeu algo Q ela NÃO preCISAVA, ela perdeu algo Q NÃO preCISA mais(tentei interpretar observando o tempo das palavras): "Perdi alguma coisa que me "ERA" essencial, e que já não me é mais." Ao perder a terceira perna ela se perde, mas ela perde um "EU" Q ela construiu com a terceira perna, um "EU" Q ela estava feliz em ser, a terceira perna a tornava um tripé estável, TORNAVA, mas agora Q ela NÃO tem terá Q aprender a andar com apenas duas pernas, se ela andar com duas pernas sem a terceira então a cada passo verá Q NÃO precisa mais dela.
    "É tão difícil que provavelmente arrumarei depressa um modo de me achar..."
    Quando perde a terceira perna ela fica sem identidade, como se o presente não existisse ela fica mergulhada em lembranças com a terceira perna no passado, mas ficar sem identidade é difícil, vc não consegue ter tempo nem atenção para os amigos, fica como se estivesse em choque, sem viver a própria vida, o preço pra isso é caro, é difícil se perder e não tentar se encontrar, encontrar um outro "EU", nesse intervalo de tempo entre se perder e encontrar um outro "EU" oportunidades são perdidas, pessoas Q não suportam mais te ver sem identidade se vão, vc começa a mergulhar num poço sem fundo, quanto mais vc afunda mais difícil fica pra voltar, pra se recuperar, pq uma hora vc vai olhar ao redor e não ver ninguém pra te ajudar a sair do poço, fazer isso só e perceber o quanto perdeu torna tudo mais difícil, o melhor é se encontrar o mais rápido possível, e é isso Q ela pensa em fazer, ela reconhece Q é difícil se perder, e Q é tão difícil Q encontrará logo um modo de se achar.
    Entendi o texto depois de ler umas 3 vezes, estou tentando usar uma explicação simples apesar da complexidade do texto tornar a minha procura por palavras simples uma busca quase inalcançável, espero estar sendo compreendida, qualquer coisa só é fazer mais perguntas tio! Esse Blog é o mais lindo presente pra cada aluno teu, principalmente pra quem já não estuda contigo ou terminou os estudos, vc nos ajuda a não enferrujar, depois da primeira interpretação Q fiz desse texto eu fui no dia seguinte fazer uma entrevista de emprego, no teste tinha interpretação de texto e eu estava afiada depois de uma preparação dessas!

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  32. Olá, Verônica. Antes que eu me esqueça, por favor me lembre quem você é, não me lembro...

    Quanto à sua resposta, como você explica o fato de essa perna ser o que sustentava a narradora, se ela mesma diz que a perna já não é mais essencial para ela, não é mais necessária?

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  33. Ewellyn, desculpe-me, eu de fato deixei passar um NÃO importantíssimo em teus comentários. E CLARO que você está sendo compreendida!

    Ah, você me levou às lágrimas...

    De fato, este blog é o modo que encontrei para estar sempre perto de vocês. Conte sempre comigo!

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  34. Ao ela dizer "...fazia de mim um tripé estável. Essa terceira perna eu perdi." Essa perna a deixava firme e e segura, porém agora que a perdeu se assusta e se confundi ao não saber se essa perna era necessária a ela ou não,"Estou desorganizada porque perdi o que não precisava?...Mas e agora? estarei mais livre?"
    Agora o eu-lirico não sabe mais se terá coragem de ir e deixa-la.
    A presença dessa perna era útil para ela, como pode ser vista em: "Mas a ausência inútil da terceira me faz falta e me assusta, era ela que fazia de mim uma coisa encontrável por mim mesma, e sem sequer precisar me procurar." Essa perna que a "guiava" em seu caminho e agora terá que prosseguir sem mais te-la.

    Não sei se ainda se lembra de mim, mas sou Carla estudei contigo, quando era 1º ano em 2008 na Fundação Bradesco. Fui da mesma sala de Ewellyn Maria, Dani, Hugo Rafael e aquele povo todo.
    Beijos

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  35. CLARO que me lembro de ti, Carla! Que felicidade tê-la aqui entre os demais...

    Muito bons os seus comentários! Fez-me lembrar os nossos velhos tempos, em que vocês interpretavam para mim, lembra?

    Participe, lembre-se de que há um campo aqui em que você pode deixar seus textos; em outro, suas opiniões etc.

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  36. Obrigada professor por lembrar de mim... a felicidade é minha por poder participar um pouco mais de suas "aulas".
    Obrigada também por ter participado da minha formação, as suas aulas , assim como a de todos os outros, contribuíram muito para eu estar onde estou e as aulas de português me fizeram ver a literatura como um novo mundo que surgia, sabia que foram a partir de suas aulas que comecei a me encantar com o mundo fascinante dos livros?
    Abraços

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  37. Querida Carla, fico lisonjeado com suas palavras. E, como você disse, é muito mais que fascinante o mundo da leitura. Bem-vinda a ele, e que eu possa ajudá-la sempre que você precisar. Beijos.

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  38. esta terceira perna trata-se de um antigo teatro onde ela ficava escondida em cochias susrrando as falas aos atores que lá apresentavam , apos a desativação desse teatro ela se sente perdida, sem rumo , como se tivesse perdido uma terceira perna , espero que tenha ajudado *.*

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